Para ler e sentir n'alma! |
Esse blog tem como finalidade publicar depoimentos sobre experiências com a palavra escrita, socializar essas experiências e publicar textos e atividades que contribuam para a formação pessoal de meus alunos ou de qualquer um que queira buscá-las, sociabilizando informações úteis e textos dos mais variados e das mais variadas fontes...
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Produzindo textos de gêneros de diferentes esferas
Sequência de eventos retirada de LAGE, Nilson. Estrutura da notícia. São Paulo: Ática, 2006. p. 21-22
Baseando-se nessa sequência de eventos, você vai escrever um texto.
- Uma notícia para um jornal do tipo popular;
- Uma notícia para um jornal voltado para as classes A e B;
- Um interrogatório (que supostamente aconteceu horas depois dos eventos indicados e é presidido pelo delegado junto a você, pessoa que encontrou o cadáver);
- Uma conversa telefônica entre dois amigos (você e a pessoa que achou o cadáver) ou
- Uma crônica.
Engano Básico
O telefone toca. Três horas da
manhã. Deus! Quem ligaria às três da manhã? Atendo, meio assustada, pois sei
que telefone tocando há essa hora é notícia ruim.
_ Alô, quem é?
_ Sou a Sophia.
_ Sophia, não conheço nenhuma
Sophia!
_ É claro que você conhece, deixa
de brincadeira. Preciso de você, me ouve...
A mulher continuava a falar sem
parar e não ouvia uma única palavra que eu dizia. Então, sem ter outra escolha comecei
a prestar mais atenção em sua história. Era surreal!
_ Você sabe que hoje é
terça-feira e tenho consulta no Servidor, coloquei o relógio para despertar às
duas horas da manhã. Ele tocou como louco, até eu conseguir abrir meus olhos e levantar. Fui
ao banheiro...
_ Mulher seja mais objetivo, você
não precisa me contar tudo detalhadamente.
_ Calma, eu só sei fazer as
coisas assim. Você me conhece, tudo nos mínimos detalhes...
_ Tá, então vai, continua!
_ Então, onde eu estava? Ah, fui
ao banheiro, escovei meus dentes, lavei o rosto... A campainha tocou, enxuguei-me
às pressas e sai correndo do banheiro. Atendi prontamente a porta! E adivinha a
minha surpresa?
É claro que eu tive que fazer
uma piadinha com essa fala.
_Era o Luciano Hulk na porta com
um cheque de um milhão do concurso da Sadia!!!
_ Não brinca que a coisa é séria!
Tem um cadáver na minha porta...
_ Como? Um cadáver?
Ri, afinal não estava acreditando muito na história, mas a medida que ela ia contando os fatos a história ficava cada vez mais verossímil.
Ri, afinal não estava acreditando muito na história, mas a medida que ela ia contando os fatos a história ficava cada vez mais verossímil.
_ Sim, olhei na rua e em volta,
mas não tem ninguém! Resolvi ligar para você, me ajude, oque devo fazer?
Como quase amiga que já sou, dei uma
sugestão.
_ Vai lá fora e verifica se ele
realmente está morto. Ele pode só estar desmaiado.
_ Eu já fiz isso e tenho certeza
que ele está morto... Toquei nele e ele está frio como gelo. Tá mortinho da silva!
Oque eu faço? Estou assustado e com medo...e se o assassino estiver lá fora
ainda?
Novamente, com toda a minha
sabedoria e experiência (quem ouve pensa:_ Ela encontra cadáveres todo dia em
sua porta) pedi a ela que ligasse para a polícia. Como naquele momento ela
finalmente se acalmara e estava me ouvindo eu sutilmente lhe perguntei o número
para o qual havia ligado.
_ Liguei para o seu 243.376555.
_ Me ouve, não fica triste não,
mas o número para você ligou foi 243.376554. Mesmo assim fico feliz de ter podido
te ajudar e ser útil. Agora que você está calma. Pega o telefone. Liga para a
polícia e notifica o fato, eles virão logo e o cadáver sai da sua porta. Quanto
à consulta. Remarca para outro dia. Bom, acho que agora já somos amigas. Anota
o meu número e me liga mais tarde para me dizer como tudo terminou...
_ Você tem certeza que eu não
estou falando com a Sophia?
_ Não! Você não está falando com
a Sophia. Você está falando com a Rebeca. Tudo bem?
_ Tudo, né...
_ Anota o número e me liga
depois. Tá! Ou você quer que eu fique na linha até a polícia chegar?
_Você pode?
_ Posso! Afinal é você quem vai
pagar a conta depois...
(Edilene Ferreira da Silva)
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Cortar o tempo
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente
Carlos Drummond de AndradeQuem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Depoimentos de experiências com a palavra escrita
Tive meu primeiro contato com a leitura através de uma professora de francês, no Ensino fundamental (Não vale tentar calcular minha idade... quando fiz o Ensino Fundamental, no currículo ao invés do inglês tínhamos como língua estrangeira, o francês ). As aulas eram na sexta-feira e a professora lia para a sala um capítulo do livro "Tistu, o menino do polegar verde". Ficávamos todos ansiosos para que chegasse a próxima sexta-feira para sabermos a continuação da história. Era um momento mágico! Ela lia e nos encantava...
Nos anos finais, uma professora de português, nos fez fazer teatro e tínhamos que escolher um clássico da literatura brasileira para encenarmos - o meu grupo escolheu "O feijão e o Sonho". Meu gosto pela leitura começou a se moldar e daí por diante me embrenhei cada vez mais nesse mundo, onde eu podia ser e estar em lugares onde jamais havia estado e me refugiar por um breve momento e ser feliz, mesmo quando o mundo lá fora estivesse um caos. Só sei que na 8ª série já havia lido quase todos os clássicos da literatura brasileira e começava a me aventurar por outros horizontes, a literatura americana e inglesa...Tempo de sonho...
Essa mesma professora; da peça; tinha um método de trabalho diferente. Eramos separados em grupos de cinco ou seis alunos e todas as semanas ela nos dava um capítulo de um livro; que ela havia escolhido; para analisarmos. Cada componente do grupo tinha uma função na hora de colocar a analise do capítulo em um caderno que todos os grupos tinham, umas eram secretarias, outros desenhistas, outros tesoureiros, e assim por diante. A analise me fez interpretar textos com mais facilidade, pois tínhamos que fazer um resumo do capítulo, fazer a analise dos personagens, ver o espaço, o tipo de tempo que autor usava e muito, muito mais, aprendíamos a degustar o texto e extrair dele sua essência. Nessa brincadeira em uma ano lemos e interpretamos, com todas as suas nuances, Vidas Secas, de Graciliano Ramos.
Fui abençoada com excelentes professores, que apesar de minha origem humilde me propiciaram essa proximidade com a leitura e fizeram de mim uma pessoa muito mais feliz!
(Edilene Ferreira da Silva)
(Diana Di Franco Cunha)
Quando cursava o Ensino Fundamental, nós tínhamos que ler em todo bimestre um livro na disciplina de Português, pois depois da leitura passávamos por uma avaliação sobre o livro que era indicado pela professora. Eramos cinco amigas inseparáveis, que dormíamos umas nas casas das outras, para ler o livro, mas nem sempre conseguíamos dar conta de ler todo o livro, pois queríamos era falar sobre outras coisas, como sobre nossos paqueras, comidas, roupas e festas, então a leitura do livro sempre acabava ficando em segundo plano. Mas quando a data da avaliação se aproximava, nós nos reuníamos para ler, e nossas mães ficavam nos vigiando para ver se estávamos lendo ou não.Mas essa época do Ensino Fundamental passou e nós cinco amigas, tomamos rumos diferentes, onde três delas hoje são professoras, uma é analista de contabilidade e a outra simplesmente se casou e faz o que mas gosta cuidar da sua casa.Penso eu, que se minha mãe não tivesse me vigiado em algum momento da época do Ensino Fundamental, não seria hoje o que sou "professora". Sou sincera, a leitura não é meu forte, mas sempre que posso faço minhas leituras, para assim, poder me atualizar perante aos meus alunos, que requerem de mim, meu conhecimento específico e cultural.
(Aline Behlau)
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